Escândalo do lixo: Irmão de deputado é preso suspeito de envolvimento no esquema

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O advogado Luiz Olinto, irmão do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), foi preso na tarde desse domingo (25), em Palmas. Conforme a Polícia Civil, ele teve a prisão decretada na semana passada por suspeita de envolvimento com o escândalo do lixo hospitalar, encontrado em um galpão no Distrito Agroindustrial de Araguaína.

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Neste sábado (24), após uma denúncia, a polícia encontrou resíduos hospitalares enterrados em uma fazenda da família Olinto.

Ainda segundo a polícia, Luiz Olinto foi preso quando se encontrava no centro de Palmas. Ele foi levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil. O mandado de prisão foi emitido pela 1ª Vara Criminal de Araguaína.

Segundo o delegado Romeu Fernandes, responsável pelas investigações, o advogado seria responsável por fazer pagamentos da empresa Sancil Sanantonio. As investigações apontaram que a empresa era do pai dele, o ex-juiz eleitoral e advogado João Olinto, que também tem prisão decretada e é considerado foragido.

A polícia informou ainda que  Luiz Olinto teria financiado a fuga de duas mulheres que aparecem como sócias da empresa e dos motoristas responsáveis por despejar o lixo hospitalar no galpão.

Luiz Olinto também é investigado pela polícia por ter sido encontrado em um carro com R$ 500 mil em dinheiro, nas vésperas da eleição. Na época, ele foi encontrado junto com um policial militar que presta serviço no gabinete do deputado Olyntho Neto (PSDB). Eles estavam em um carro da Assembleia Legislativa cedido pra o parlamentar. Em depoimento, o advogado disse que o dinheiro seria da avó dele e serviria para comprar gado.

Escândalo do lixo

A polêmica começou quando um galpão foi encontrado com quase 200 toneladas de lixo hospitalar.  No local deveriam funcionar duas empresas cadastradas no nome do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB), filho do advogado e ex-juiz eleitoral João Olinto. O parlamentar negou envolvimento.

 Investigação

João Olinto é apontado como sócio da Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA, empresa contratada sem licitação para coletar o lixo do Hospital Regional de Araguaína. Conforme o contrato foi publicado no Diário Oficial do Estado, do dia 6 de agosto desse ano, o valor mensal pelo serviço ultrapassa R$ 500 mil. o ex-juiz nega que tenha vínculo com a empresa.

Polícia Civil informou que investiga a relação dessa empresa com o galpão onde foram encontradas mais de 200 toneladas de lixo na última quarta-feira (7). A suspeita é que esses resíduos sejam do Hospital Regional de Araguaína.

As investigação indicam que o galpão pertenceria ao deputado estadual Olyntho Neto e filho do ex-juiz eleitoral. No local deveria funcionar uma fábrica de farinha, mas a estrutura está oficialmente desativada há pelo menos dez anos. Duas empresas estão registradas no endereço e ambas estão no nome do parlamentar.

O o depósito clandestino foi interditado por fiscais do meio ambiente e a Defesa Civil municipal na semana passada, depois que foi encontrado seringas, ampolas de remédio e curativos.

Foragido

João Olinto está foragido da justiça, Durante o cumprimento do mandado de prisão, o ex-juiz conseguiu fugir por uma mata nos fundos do hotel. A polícia também fez buscas no escritório dele e encontrou o local todo revirado e sem alguns equipamentos.

Os advogados de Olinto entraram com pedido de habeas corpus, que foi negado pelo desembargador José de Moura Filho.

Duas funcionárias de João Olinto também estão com a prisão decretada: Ludmila Andrade de Paula e Waldireny de Souza Martins. Elas aparecem como sócias da empresa e são acusadas de crime ambiental e organização criminosa.

Suspensão do contrato

Após a repercussão do caso, O Governo interrompeu a coleta de lixo em 13 hospitais de seis regiões do Tocantins. A medida se deu devido suspensão do contrato com a empresa Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA, cujo um dos sócios da empresa é o advogado e ex-juiz eleitoral, João Olinto Garcia de Oliveira.

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