Justiça investiga uso de servidores da Redesat em campanha e do Palácio Araguaia como comitê político

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A operação da Polícia Federal deflagrada na manhã dessa quinta-feira (14), em órgãos do governo do Tocantins é para investigar suposta compra de apoio político pela gestão interina, visando a eleição suplementar. Conforme a Justiça Eleitoral, os indícios apontados são a liberação de verbas por emendas parlamentares e pagamentos de despesas de anos anteriores, assim como a utilização de servidores públicos na campanha eleitoral.

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Para a Justiça Eleitoral, o Palácio Araguaia estaria sendo usado como “comitê de campanha” para a eleição do mandado tampão. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em secretarias do governo e na Redesat, sistema de comunicação estatal.

Em nota, a Secretaria de Comunicação disse  que o governo está colaborando com o trabalho da PF. Cerca de 50 policiais federais participaram do cumprimento aos mandados.

São apontadas na decisão liberações de emendas parlamentares que seriam utilizadas em eventos culturais e pagamento de débitos de anos anteriores para empresas. O governo interino estaria também privilegiando repasses do Fundo Estadual de Saúde para municípios que apoiam a candidatura de Mauro Carlesse (PHS). As denúncias foram feitas pela coligação de Vicentinho Alves, que disputa a eleição suplementar com Carlesse.

Conforme a Justiça Eleitoral, são investigados o uso de servidores públicos da Redesat na campanha do governador interino, bem como o uso do Palácio Araguaía para reuniões políticas de campanha.

A justiça também determinou que o Estado apresente relatório de todos os pagamentos e transferências feitos desde a posse do governador interino. O governo deverá detalhar os convênios realizados com emendas parlamentares para realização de shows e eventos. Durante as investigações, a Polícia Federal deverá terá cesso irrestrito aos sistemas de pagamento e um inquérito deve ser aberto para investigar as suspeitas. Uma multa pessoal de R$ 100 mil para o governador interino foi fixada em caso de descumprimento.

Foto: TV Anhanguera

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