Ministério Público cobra que estado apresente nova avaliação sobre a segurança da ponte de Porto Nacional

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As 5ª e 7ª Promotorias de Justiça de Porto Nacional, novamente requereu, nesta segunda-feira (29), o cumprimento de uma decisão judicial que obriga o Governo do Tocantins a adotar medidas para garantir a segurança dos usuários que trafegam pela ponte que faz a travessia do rio Tocantins em Porto Nacional.

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A decisão, já transitada em julgado, atendeu ao pedido de Ação Civil Pública, ajuizada ainda em maio de 2017, em razão das condições precárias da obra, construída há 41 anos.

Conforme o Ministério Público, a decisão expõe que o Estado do Tocantins e a Secretaria de Infraestrutura e Agência Tocantinense de Transportes e Obras terão que atender a diversas obrigações entre elas, a tomada de providências com base nas novas análises técnicas que deverão ser apresentadas, avaliando a necessidade de maiores restrições ao tráfego de veículos sobre a ponte.

Na ação, os promotores de Justiça Vinícius de Oliveira, Márcia Stefanello e Rodrigo Grisi expõem que, no ano de 2011, um laudo técnico apontou aumento significativo de danos na infraestrutura da ponte em relação ao diagnóstico de 2003, situação que levou, na época, à restrição do tráfego de veículos com peso acima de 30 toneladas e limitação de velocidade.

No ano de 2015, o Ministério Público expediu recomendação para realização de nova análise técnica e fiscalização, porém, diante da omissão do Estado do Tocantins, viu-se na obrigação de acionar os responsáveis judicialmente.

Os promotores de Justiça destacam, ainda, que o laudo de 2011 enfatizava que a ponte entraria em colapso, em algum momento nos próximos 10 anos, ou seja, a partir de 2020, com aumento de 10% da probabilidade de ocorrência a cada ano.

“É lícito concluir que há, no mínimo, omissão estatal em monitorar a segurança da obra e séria possibilidade de risco para usuários, tendo o Estado falhado na garantia da integridade dos cidadãos, apesar de toda a insistência do Ministério Público”, enfatizam os promotores de Justiça.

Demais obrigações

Além de apresentar nova análise técnica, o Estado do Tocantins deverá colocar radares móveis e, posteriormente, radares fixos em toda a ponte, com velocidade máxima de 40 km/h, além de placas de advertência.

Para veículos com peso acima de 30 toneladas, a determinação é que a travessia seja feita por meio de balsas, porém, a concessão de serviços de travessia deverá obedecer aos requisitos legais de processo de licitação. E por último, a Justiça manda ainda reativar as balanças em ambos os lados da ponte.

Nova ponte

A anunciada nova ponte sobre o rio Tocantins continua sendo muito esperada pela população de Porto Nacional. Uma grande festa foi promovida na cidade pelo governo do estado e prefeitura local para marcar a assinatura da ordem de serviço. A previsão na época, era que o início da obras seria outubro de 2017, mas até agora não começou.

O governo do estado alegou que os recursos do financiamento, no valor atualizado de R$ 130 milhões, ainda não foram liberados pela CAIXA, mas a expectativa é que isso aconteça em breve, um breve que ao passar dos anos ainda não chegou.

A nova ponte terá 1.488 metros de extensão, sendo 1.088 m de armação de concreto e 400 metros de aterro. De acordo com informações da Ageto, chegou ser realizadas todas as sondagens e concedidas as licenças ambientais à Rivoli do Brasil S.P.A, empresa ganhadora da licitação.

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